terça-feira, 31 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE NATAL DE S.A.I.R., O PRÍNCIPE SENHOR DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA, CHEFE DA CASA IMPERIAL DO BRASIL






Com o desejo de que os leitores possam difundir a seus contatos e que outros blogs, sites e meios de informação façam repercutir, o Blog Monarquia Já transcreve, com exclusividade - através do Pró Monarquia e da Casa Imperial, a tradicional mensagem de Natal do Chefe da Casa Imperial do Brasil, o Príncipe Senhor Dom Luiz de Orleans e Bragança.


Os Príncipes Dom Luiz e Dom Bertrand de Orleans e Bragança
acompanhados da equipe Pró Monarquia desejam
Feliz e Santo Natal e abençoado Ano Novo
Imagem: Herdeiros do Porvir - Pró Monarquia - 2013


Mensagem de Natal de
Dom Luiz de Orleans e Bragança,
Chefe da Casa Imperial do Brasil



Na festa do Santo Natal há várias noções que por assim dizer se superpõem. Antes de tudo, o nascimento do Menino Deus torna patente a nossos olhos o fato da Encarnação. É a segunda Pessoa da Santíssima Trindade que assume natureza humana e se faz carne por amor de nós. Ademais, é o início da existência terrena do Senhor. Um início refulgente de claridades, que contém em si um antegosto de todos os episódios admiráveis de Sua vida pública e privada. No alto desta perspectiva está sem dúvida a Cruz. Mas, nas alegrias do Natal mal divisamos o que ela tem de sofrimento. Vemos apenas jorrar do alto dela, sobre nós, a Redenção. O Natal é assim o prenúncio da libertação, o sinal de que as portas do Céu vão ser reabertas, a graça de Deus vai novamente difundir-se sobre os homens, e a terra e o Céu constituirão outra vez uma só sociedade sob o cetro de um Deus Pai, e não mais apenas Juiz. Se analisarmos detidamente cada uma destas razões de alegria, compreenderemos o que é o júbilo do Natal, este gáudio cristão ungido de paz e de caridade que faz com que durante alguns dias todos os homens experimentem um sentimento bem raro nestes tristes dias atuais: a alegria da virtude.


Jesus Cristo nos veio mostrar que a graça abre para nós as veredas da virtude, que torna possível na Terra a verdadeira alegria, que não nasce dos excessos e das desordens do pecado, mas do equilíbrio, da bem-aventurança, da ascese. O Natal nos faz sentir a alegria de uma virtude que se tornou praticável, e que é na Terra um antegozo da bem-aventurança do Céu.


Durante todo 2013 tive a alegria de conhecer leais monarquistas que me enviaram mensagens pelo site da Casa Imperial, que me vieram visitar ou que mandaram recomendações através de meus irmãos, especialmente Dom Bertrand e Dom Antonio, em viagens pelo Brasil afora. Conheci assim o trabalho destes bravos conterrâneos, sua dedicação e seu desprendimento. Constatei que nossas fileiras multiplicaram-se surpreendentemente e que podemos e vamos fazer muito mais juntos, apesar do Brasil estar sofrendo inúmeros embates e a impressão de que, por toda parte, seus inimigos se agigantam. Agradeço a todos a imensa ajuda no sentido de manter intacta a Terra de Santa Cruz em sua integridade, em sua riqueza, em sua brasilidade, especialmente em sua Fé.


Em meu nome e de toda Família Imperial desejo a todos um Feliz e Santo Natal, e que o Ano Novo seja abençoado com as melhores graças do Menino Jesus e de sua Santíssima Mãe.



Luiz de Orleans e Bragança

CARTÃO DE NATAL DO CHEFE DA CASA IMPERIAL DO BRASIL, O PRÍNCIPE SENHOR DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA






Ao divulgar o cartão de Natal do Chefe da Casa Imperial do Brasil, o Príncipe Senhor Dom Luiz de Orleans e Bragança, oBlog Monarquia Já deseja a todos os leitores, colaboradores e amigos um Santo e Feliz Natal, bem como um abençoado Ano Novo, repleto de realizações.


Clique para ampliar


Excertos recomendados pelo Pró Monarquia sobre a Princesa Dona Maria Pia, exemplo de filha, esposa, nora e mãe, que com sua religiosidade e consciência histórica formou moral e intelectualmente os Príncipes da Casa Imperial do Brasil, e a quem estes e o Blog Monarquia Já, no transcurso do Advento, desejam homenagear:


Princesa Maria Pia de Bourbon Sicílias


Neta do Rei Ferdinando II das Duas Sicílias, casada com o filho da Princesa Isabel com o Conde D’Eu, D. Luiz de Orleans e Bragança, o Príncipe Perfeito, a Princesa Maria Pia de Bourbon Sicílias foi avó do atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, D. Luiz de Orleans e Bragança.


Sua filha, a Princesa Pia Maria, Condessa de Nicolay, irmã de D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança, genitor de D. Luiz, traz em suas memórias (“Le Temps de Ma Mére – Souvenirs”) passagens muito expressivas que demonstram a influência da Família Imperial na história do Brasil, bem como a religiosidade e o apreço de sua mãe por nossa Nação, sentimentos que ela soube incutir em seus filhos e netos, nascidos no exílio:

“A lei do exílio tinha sido abolida no Brasil naquele ano de 1922.” (fl. 71) “Me mostraram uma foto de Mamãe no Corcovado. Ela segura uma pá e põe uma pedra, lá onde será erigido o tão bonito Cristo que domina a cidade e a baia do Rio.” (fl.72)“Minha Mãe via ainda bastante naquela época para se dar conta dos locais onde nos encontrávamos. Quando nós começamos na manhã seguinte a subida do Corcovado, eu senti que a emoção a tomava...” (fls. 238/239) [Conta-se que a Princesa Izabel recusou que se fizesse um monumento em sua homenagem pela abolição da escravidão e sugeriu que no lugar disso se erigisse a estátua do Cristo Redentor. A Princesa Maria Pia veio ao Brasil em 1922, por ocasião do centenário da independência, e lançou a pedra fundamental deste monumento.]

“Minha mãe nos levava muito frequentemente a jantares com brasileiros fiéis, que haviam seguido a família.” “Minha mãe tentava assim, apesar do desaparecimento de seu marido, depois de seu sogro e de sua sogra, manter o contato com todos os brasileiros presentes em Paris.” (fls. 78) “Quando de sua passagem por São Paulo, em 1922, minha Mãe tinha sido recebida por muito numerosos amigos de meu Pai. Eles lhe pediam para voltar.” (fls. 240) [Na França, onde residia, e no Brasil, a Princesa Maria Pia teve uma vida social muito ativa junto à comunidade brasileira.]

[em 1945, conta a Condessa de Nicolay:] “Minha Mãe estava feliz de reencontrar seus amigos... Eu vi o monumento erigido no “Ipiranga”, onde D. Pedro Primeiro declarou a Independência do Brasil.” “Nós ficamos quatro dias em São Paulo, fazendo graças a outros amigos, maravilhosos passeios nos arredores, visitando serras cheias de orquídeas, que me deixam ainda uma recordação deslumbrante... atravessando paisagens desconhecidas e de uma beleza selvagem.”

[Ainda em 1945, a Condessa de Nicolay conta que os brasileiros receberam sua mãe como um membro de sua família, quando desembarcou de seu navio ao chegar ao Brasil:] “Um grande porteiro negro desceu até nós na cabine para pegar nossas malas. Vendo a etiqueta trazendo nosso nome, ele se voltou para minha Mãe e com um grande sorriso lhe disse: ‘Então a Senhora é da nossa Família?’ Ele não poderia melhor aquecer nosso coração.” (fls. 236)

[Sobre a relação da Princesa Maria Pia com seus netos, aí incluídos os atuais Príncipes dinastas:] “A presença de Mamãe foi uma bênção para as crianças que desde que ela aparecesse se precipitavam em sua direção para que ela continuasse sua história apaixonante. Não se os via mexer, tomados pelas aventuras que minha Mãe descrevia com uma tal precisão de detalhes, que eles pareciam reais.” (fls. 239/240)

[Sobre a religiosidade da Princesa Maria Pia, há, também, inúmeras passagens:]

“Minha Mãe tinha requerido ser, se possível, recebida em audiência pelo Papa Pio XI. Era o costume. Os Príncipes indo a Roma iam pedir uma bênção especial ao Santo Padre.” [...] “Na época, era ainda o grande cerimonial: a guarda suíça batia os calcanhares e apresentava armas, quer dizer a alabarda, depois o mestre de cerimônias nos conduziu através de várias salas, a primeira com uma fila de oficiais em traje de gala, depois a da guarda nobre, enfim a dos camareiros secretos em traje da Renascença negro, sobreposto com uma gola de renda ao redor do pescoço. Enfim, nós chegamos em um pequeno salão, onde nos pediram para esperar. ‘Tudo depende de que o Santo Padre tenha vontade de saber de seu visitante’, nos disse o camareiro que nos acompanhava. Depois de uns vinte minutos, a porta se abre. É nossa vez de entrar junto ao representante de Jesus Cristo sobre a Terra. Foi um momento de emoção. Nós fizemos uma primeira genuflexão com os dois joelhos, e ainda uma outra a dois passos. Na terceira, nos encontrávamos aos pés do Papa, e se lhe beijava as sandálias. O Santo Padre nos ergueu e fez sentar nas poltronas em seu redor. Ele questionou o tio Ranieri e Mamãe sobre a família, depois distribuiu medalhas a cada um de nós. A saída se efetuou como a entrada, com genuflexões e recuos.” (fl. 82)

“1925 foi um ano memorável no verdadeiro sentido da palavra. O Papa Pio XI anunciou a canonização da Pequena Irmã Teresa de Lisieux, nomeando-a ‘apóstolo das Missões’. Minha Mãe propôs que fossemos a Roma para assistir este importante acontecimento. [...] Um guarda suíço em traje de gala nos aguardava, e nos precedeu até a tribuna dos príncipes, à esquerda do trono de São Pedro, e na frente da tribuna do Corpo Diplomático. Nós encontramos já numerosos parentes instalados, outros chegando ainda, e logo a tribuna estava cheia. Como eu era pequena, me colocaram na primeira fila, o que me permitiu não perder um instante dessa soberba cerimônia que não durou menos de cinco horas. A entrada do Papa, levado sobre a ‘sedia gestatoria’, o trovão dos aplausos que acompanharam sua aproximação, mais tarde as trombetas de prata tocando no momento da Elevação, a missa tão imponente e apesar de tudo tão recolhida, na suntuosidade da decoração não podem ser esquecidas. O contraste entre a munificência da cerimônia e vida tão simples da ‘Pequena Irmã Teresa’ foi profundamente comovedor. Eu os revivi escrevendo, e eles me proporcionam um sentimento de reconhecimento face a minha Mãe que me permitiu viver tais momentos.” (fls. 81/82)

“O mês de agosto termina. ‘E sim nós íamos a Roma’, disse um dia Mamãe que, segundo suas palavras tinha ‘a Romite aguda’. Entusiasmo geral dos tios Nino.” [...] “Certamente Mamãe e o tio Nino requereram audiência junto ao Santo Padre. Era tradição e praticamente obrigatório, naquela época, ir se ajoelhar diante do chefe da cristandade. Tio Nino e sua família enquanto Infantes de Espanha foram recebidos primeiro.”(fls. 102/103)

“... minha Mãe não resistiu de realizar o projeto de assistir à canonização de Dom Bosco que todo a família reverenciava, na medida que meus avós o tinham conhecido.” (fl. 106)

“Quando nós nos instalamos em Mandelieu, o primeiro dever de minha Mãe foi de fazer uma visita ao cura. [...] Ele nos recebeu com muita gentileza e nos fez saber que se chamava Abbé Penon. Tínhamos acabado de construir a capela das Mimosas, para que o culto fosse levado a toda aquela nova região...” (fl. 87)

[Na casa de Mandelieu, denominada “Mas Saint-Louis”, onde a Princesa Maria Pia residia e onde o atual Chefe da Casa Imperial, D. Luiz de Orleans e Bragança residiu em sua infância, se fez uma capela onde era celebrada missa diariamente:] “A capela do Mas Saint-Louis foi terminada. Havia ao fim do terraço ao longo da sala de jantar uma espécie de claustro aberto para o jardim. Foi somente envidraçar as abertura (no alto em arco) e por uma porta de madeira envernizada abrindo para o terraço. O carpinteiro M.Fazio fez um muito bonito altar de madeira sobreposto pelo tabernáculo, nove filas de três genuflexórios permitindo uma grande assistência. Não havia necessidade de procurar quadros e objetos pios. A casa estava cheia deles.” (fl. 107)

[Em 1953, a Princesa Maria Pia condescende com o traslado dos restos mortais do Conde D’Eu ao Brasil:] “Tinha ela o direito de aceitar a exumação daquele que lhe tinha feito prometer que se ele morresse fora da França de o levar ao lado de sua esposa? De um outro lado, minha Avó[a Princesa Izabel], tendo sido uma heroína nacional, no Brasil, era difícil de recusar as honras que seu país desejava lhe render. Não se podia imaginar que este casal feliz na vida, pudesse ser separado na morte. Minha Mãe se resignou e deu seu consentimento...” (fl. 251)

[A Princesa Maria Pia demonstrou mais uma vez sua fé quando um incêndio na região onde vivia ameaçou queimar a residência dos Bourbon Parma:] “[...] um dos mais importantes incêndios no Esterel irrompeu. O fogo, impulsionado por um violento ‘mistral’, subiu na direção da propriedade dos Bourbon Parma, devastando tudo em sua passagem. As pinhas inflamadas estouravam e voavam a toda velocidade na direção do Mas Saint-Louis. Minha Mãe estava só. Madame Roustan a tinha instalado no salão, pronta para levá-la à La Napoule, se o calor do fogo se tornasse muito ameaçador. Enquanto isso, com Léon, munidos de uma mangueira d’água, eles vigiavam o progresso do incêndio. Num certo momento, ela deixou seu posto, para se preocupar com o que se passava no interior da casa. Abrindo a porta do salão, ela viu ‘Sua Alteza’ de joelhos tateando. “Alteza, lhe disse ela, o que está procurando?’ ‘Eu não encontro mais a relíquia da Santa Cruz, que eu tinha comigo’ disse minha Mãe. Madame Roustan viu a relíquia por terra, e a entregou a ela. E toda segura, ela saiu dizendo: ‘Sua Alteza reza à Santa Cruz, o fogo vai parar’... e o fogo parou no limite da propriedade!”(fls. 262/263)

[Se aproximando o momento da morte, a Princesa Maria Pia recebe os últimos sacramentos:] “Vendo que ela baixava, fui procurar o Sr. Cura, lhe pedindo para levar a Extrema Unção. Como minha mãe sempre manifestou um grande medo da morte, ele me disse: ‘Prepare-a docemente, lhe dizendo que amanhã eu virei lhe trazer a Santa Comunhão’, o que ele fez. Pouco depois, simplesmente, ele lhe disse: ‘Alteza, eu vos trouxe o sacramento da Extrema Unção’. Mamãe abriu tranquilamente as mãos, e recebeu os últimos sacramentos em toda paz. Depois de ter acompanhado nosso bom Cura, eu subi novamente junto a ela e ela me disse: ‘Você vê, não é difícil que se creia na morte...’ Graças ao sacramento!” (fls. 263/264)


Outros textos sugeridos:

Texto do Cardeal Pio, fl. 205:

[A Princesa Maria Pia, com sua vida mostrou entender bem o significado que se chama ‘O Reino Social de Nosso Senhor Jesus Cristo’ que, nas palavras do Eminente Cardeal Pio, assim se traduz:] “As matérias mais graves da legislação, do comércio, das finanças, da administração, da diplomacia se tratam e se resolvem quase sempre sem que a Igreja articule a menor observação... Mas querer que a Igreja de Jesus Cristo renuncie ao direito e ao dever de julgar em última instância sobre a moralidade dos atos de um agente moral qualquer, particular ou coletivo, pai, mãe, magistrado, legislador, inclusive rei ou imperador, é querer que se negue a si mesma, que abdique de sua essência, que se separe de sua certidão de nascimento e dos títulos de sua história, enfim, que ultraje e mutile Aquele cujo lugar ocupa sobre a Terra [...]

Pensamos no que significa o Estado sem controle, os atos do príncipe ou do povo soberano erigidos em atos-princípios que escapam da própria autoridade da religião? É a força em lugar do Direito, a vontade identificada com a razão, a política que retorna ao paganismo e a infidelidade, o Cristo excomungado da sociedade humana, ou melhor dizendo, o Estado feito Deus. Pois bem, para um ser criado, a deificação é infalivelmente a ruína e a morte[...]

Finalmente, não é necessário refletir muito para se dar conta de que esta pretendida independência dos soberanos, mortal a seu poder e às vezes a sua pessoas, não é menos fatal para os povos que governam. Os povos aprendem a rebelar-se contra esses guias independentes a quem estão confiados; e que os príncipes diagam o que é melhor para eles: o controle da Igreja, poder sobrenatural, ou o controle da força cega, apaixonada, inconsistente, que se chama a opinião e a força popular [...]. Se o despotismo leva à rebelião, a rebelião leva à corrupção, dos costumes e do espírito. E as nações, sacudidas por revoluções sem fim, oscilam entre a anarquia com suas ruínas, e a ditadura com seus rigores e suas vergonhas. Tais são os infalíveis frutos que recolhem os príncipes e os povos de sua independência absoluta em relação à Igreja.” (T.IV, PP. 244-252)

A concepção da Princesa Maria Pia contraria o laicismo quando reconhece que os Direitos de Deus não estão a serviço das ideologias do momento:

Texto do Conselho Pontifício da Cultura (Assembléia Plenária, Palácio S. Calisto, Roma, 11-13 março de 2004 (Documento Final):

“A práxis política do voto nas democracias conduz à concepção de que não existiria uma verdade objetiva”

Onde está teu Deus?

A fé cristã ante a descrença religiosa

(...) 2.2. A exaltação do homem como centro do Universo

Mesmo quando não o mencionam explicitamente, os Padres do Concílio tinham em mente os regimes marxistas-leninistas ateus e seu intento era construir uma sociedade sem Deus. Hoje em dia tais regimes caíram na Europa, mas o modelo antropológico subjacente não desapareceu. De fato observamos que se fortaleceu na Europa, - o que pode perfeitamente estender-se a todo o mundo ocidental – o Papa constata ‘... a intenção de fazer prevalecer uma antropologia sem Deus e sem Cristo. Esta forma de pensar levou a considerar o homem como o centro absoluto da realidade, fazendo-o ocupar assim falsamente o lugar de Deus e esquecendo que não é o homem que faz a Deus, mas é Deus quem faz o homem. O esquecimento de Deus conduziu ao abandono do homem, pelo que, não é estranho que neste contexto se tenha aberto um amplíssimo campo para o livre desenvolvimento do niilismo, na filosofia; do relativismo na gnoseologia e na moral; e do pragmatismo e até do hedonismo cínico na configuração da existência diária’ (Ecclesia in Europa, n. 9).

O elemento mais característico da cultura dominante do Ocidente secularizado, é, sem dúvida, a difusão do subjetivismo, uma espécie de ‘profissão de fé’ na subjetividade absoluta do indivíduo que, apresentando-se como humanismo, faz do ‘eu’ a única referência, egoísta e narcisista, e faz do indivíduo único centro de tudo.

Esta exaltação do indivíduo tomado como única referência, e a crise concomitante da autoridade, fazem com que a Igreja não seja aceita como autoridade doutrinal e moral. Em especial, se rechaça sua pretensão de orientar a vida das pessoas em função da doutrina moral, pois ela é percebida domo negação das pessoas em função de uma doutrina moral, pois ela é percebida como negação da liberdade pessoal. Trata-se, ademais, de um debilitamento geral que não afeta só a Igreja, mas também a Magistratura, o Governo, o Legislativo, o Exército e, em geral, as organizações hierarquicamente estruturadas.

A exaltação do ‘eu’ conduz a um relativismo que se estende por tudo: a práxis política do voto nas democracias, por exemplo, conduz amiúdo à concepção segundo a qual uma opinião individual vale o mesmo que outra, de modo que não haveria uma verdade objetiva, nem valores melhores ou piores que outros, nem, muito menos, valores e verdades universalmente válidos para todo homem, em razão de sua natureza, seja qual for sua cultura. (...)”


domingo, 22 de dezembro de 2013

Coritiba presenteia família real brasileira





O Coritiba presenteou na tarde desta sexta-feira (13), o príncipe imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, com a camisa do clube. Vossa Alteza recebeu o manto alviverde, grafado com seu nome e número 2 em menção ao seu trisavô, Dom Pedro II. A entrega ocorreu em meio à sessão solene, realizada na Assembleia legislativa do Paraná, que comemorou o aniversário de 160 anos da Polícia Civil do estado.

A cerimônia instituiu também de maneira oficial a Academia Brasileira de Letras da Polícia Civil do Paraná, da qual o príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança é membro fundador. O diretor de marketing e negócios do Coritiba, Paulo Cesar Verardi, que entregou a camisa do Coritiba à Vossa Alteza, lembrou que o clube tem se notabilizado por se fazer presente em solenidades e apresentações culturais realizadas na cidade.

“Já está virando tradição na cidade de Curitiba, sempre que pessoas ilustres da sociedade brasileira ou de nossa cultura passam por nossa cidade, o Coritiba se faz presente. Hoje não foi diferente, o clube participou de cerimônia comemorativa da polícia e aproveitou para apresentar o Coxa para a família real brasileira, representada por Dom Bertrand de Orleans e Bragança”, disse Verardi.

“Nossa visão é uma relação institucional que dê maior abrangência à marca Coritiba nos cenários nacional e internacional. Com toda certeza todos os coxas-brancas estão orgulhosos com o presente oferecido pelo clube a vossa alteza”, emendou o diretor de marketing e negócios do clube.

Time de estrelas do Coxa

A ação que presenteou a família real brasileira com uma camisa do Coritiba estende ainda mais o relacionamento com os mais diferentes públicos e aproxima o clube de todos os segmentos da sociedade.

O clube já presenteou autoridades e artistas que vieram à capital paranaense com camisas personalizadas, como foi o caso do rei do rock Chuck Berry, da musa Paula Fernandes e do cantor Caetano Veloso, por exemplo.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013


CESAR MAIA PRESIDE SOLENIDADE COMEMORATIVA DO ANIVERSÁRIO DO IMPERADOR DOM PEDRO II




Site Cesar Maia
http://www.cesarmaia.com.br/2013/12/cesar-maia-preside-solenidade-comemorativa-do-aniversario-do-imperador-dom-pedro-ii/



Foto: Site Cesar Maia


Cesar Maia recebeu, na Câmara Municipal do Rio, Sua Alteza Imperial e Real, o príncipe Dom Fernando Diniz de Orleans e Bragança, príncipe do Brasil, representante da Família Real do Brasil.


Estiveram juntos na solenidade comemorativa do aniversário do Imperador Dom Pedro II, que se vivo estivesse, na data de ontem, dia 2/12/13, estaria fazendo 188 anos. (Nasceu três anos após seu pai declarar a independência do Brasil, 1822).


Uma iniciativa do vereador Cesar Maia -em conjunto com o Círculo Monárquico do Rio de Janeiro- que, presidindo a sessão solene com plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro lotado, no início da noite desta terça-feira, 3/12/13, disse: “Estamos hoje fazendo memória de um dos maiores construtores da história do Brasil. O maior estadista do Brasil de todos os tempos. Depois de Dom Pedro II, brasileiro e carioca, é difícil indicar um estadista do porte dele. Talvez o presidente Fernando Henrique Cardoso possa, no nível intelectual, ser o político que mais se aproxima dele”.

ELES DEFENDEM A MONARQUIA




Para falar sobre as vantagens do regime monárquico de governo, o idealizador do Blog Monarquia Já, Dionatan S. Cunha, a pedido do jovem estudante João Pedro Arrouque Lopes, concedeu entrevista ao Informativo Editorial J, da Famecos, Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Também contribuiu para a entrevista a Dra. Cristina Froes. Confira:


Eles defendem a monarquia


Apesar do regime político do Brasil ter sido alterado de monarquia para república há 124 anos, em 15 de novembro de 1889, ainda persistem, no país, alguns simpatizantes do sistema de governo implantado a partir da independência do país. Os grupos monarquistas são diversos e não há concordância na defesa de todos os pontos.


Uma voz importante deste movimento é a do dono do site Monarquia Já, Dionatan da Silveira Cunha. Para ele, após 124 anos de republica, está comprovado que este regime não deu certo no Brasil. “O país já teve dois estados de sítio, 17 atos institucionais, seis dissoluções do Congresso, 19 rebeliões, duas renúncias presidenciais, três presidentes impedidos de tomar posse, quatro presidentes depostos, sete Constituições diferentes, dois longos períodos ditatoriais e nove governos autoritários, são 124 anos de corrupção, roubos, inseguranças, incertezas”, enumerou Cunha.


Uma das principais vantagens da monarquia em relação à republica, na opinião de Cunha, é que o monarca é preparado desde seu nascimento para governar o estado. “Quando se fala em Índice de Desenvolvimento Humano, qualidade de vida, países como Noruega, Dinamarca e Suécia despontam como referências. Quando se fala em estabilidade política, o nome que aparece é o do Reino Unido da Grã-Bretanha, ou seja, países onde vigora a monarquia”. Cunha também comenta que o modelo que ele defende é a monarquia parlamentar pautada na constituição, em que o monarca representa o estado e o primeiro ministro o governo.


Quanto à força do movimento, Cunha diz que, desde que a promulgação da Constituição de 1988, permitindo a propaganda monarquista, ela só vem crescendo. “Além dos encontros, também nos comunicamos pela internet, temos grupos em redes sociais que juntam mais de dez mil pessoas”, relata. Quantas as acusações de que grupos monarquistas são de tendência ultraconservadores, Cunha faz questão de frisar que isso é uma acusação infundada, pois os monarquistas são pessoas de diversas classes sociais. Sobre a possibilidade da volta de um governo monárquico no futuro, Cunha diz acreditar que um dia, pela vontade popular, a monarquia voltará, pois “é um regime de excelentes resultados, moderno, eficaz e eficiente”.


Outra integrante de grupos monarquistas é a médica e monarquista Cristina Froes, de Porto Alegre. Com tendências para a monarquia desde a infância, ela diz que começou a entrar em contato com o movimento nos últimos anos, através do Orkut, e se surpreendeu com as pessoas que compartilhavam de sua opinião. “Eu defendo a monarquia porque é a ordem natural das coisas, entendo que a monarquia é como a criação de deus, onde ele é rei”. Ela acrescenta que isso pode ser visto até mesmo na natureza, onde até animais têm sua rainha, caso da abelha. “A monarquia é, inclusive, uma representação da família, pois nela o rei funciona como um pai e os súditos como seus filhos”. Cristina acredita que um dos mecanismos da monarquia que mais poderia beneficiar a política é o poder moderador (em que o imperador decide quando há pontos de vista divergentes entre os poderes). “O Poder moderador é importante, pois tem a função de evitar, que os outros poderes se sobrepõem, pois na republica, embora existam três poderes só o executivo realmente manda.


Texto: João Pedro Arroque Lopes (5º semestre)




Abaixo, o Blog Monarquia Já transcreve a entrevista completa:


EJ - Como tem sido a recepção do publico a seu site?


Resposta: O “Blog Monarquia Já” surgiu em 2009, na plataforma Blogger – do Google, como iniciativa particular de contribuir com o Movimento Monárquico Brasileiro. Hoje recebemos em torno de 4.000 visitas semanais, 16.000 mensais e mais de 500 mil visitas em 4 anos. Atingimos todos os Estados do Brasil e mais de 90 países. Fomos aconselhados pelo Blogger a adquirir um domínio especifico para suportar o tráfego de pessoas em nossa página. Desde 2010, editamos o “Anuário Monarquia Já”, a compilação dos principais fatos monarquistas no Brasil e no mundo, que alcança, através de distribuição eletrônica gratuita, mais 250 mil pessoas no Brasil, nas três Américas, na Europa e África, e, inclusive, em países da Ásia. Podemos dizer, portanto, que, com muito trabalho, tivemos uma boa procura e uma ótima aceitação.


EJ - E o que ele agrega a luta pela reimplementação da monarquia no Brasil?


Resposta: O “Blog Monarquia Já” pretende ser um referencial, a partir das notícias do Movimento Monárquico e da Família Imperial, para a população em geral. Incentivar na população a procura por uma nova opção e dispor a todos as vantagens deste regime.


EJ - Porque você acredita que a monarquia é melhor que a república?


Resposta: Pelos 124 de república no Brasil, fica absolutamente comprovado que este regime não deu certo no Brasil. Neste período se somam 2 Estados de sítio, 17 atos institucionais, 6 dissoluções do Congresso, 19 rebeliões, 2 renúncias presidenciais, 3 presidentes impedidos de tomar posse, 4 presidentes depostos, 7 Constituições diferentes, 2 longos períodos ditatoriais e 9 governos autoritários. São 124 anos de corrupção, roubos, inseguranças, incertezas. Enquanto, no mesmo período de tempo, o Brasil teve 42 presidentes, o Reino Unido, por exemplo, teve apenas 5 Soberanos. O presidente quando se elege, deve favores a todos que contribuíram para seu sucesso pessoal, tem vínculos partidários e é ligado a empresas e organizações privadas. A troca de favores é facilitada e este cargo é encarado como uma ascensão política dentro do partido. A ordem é roubar pelos 4 anos e, se não se reeleger, deixar os cofres públicos vazios para o adversário. O Monarca é preparado desde o seu nascimento para governar o Estado. É a reserva intelectual, moral e ética da nação, verdadeira representação da Soberania (daí vem este termo) e da nacionalidade. Atualmente, conforme o ranking divulgado em setembro de 2013 pela “Maplecroft Global Risk Analytics”, os 10 países mais corruptos do mundo são repúblicas, em contraponto, dos 10 mais honestos, 9 são monarquias. Quando se fala em Índice de Desenvolvimento Humano, qualidade de vida, países como Noruega, Dinamarca e Suécia despontam como referências, o mesmo quando se fala em estabilidade política, o nome que aparece é o do Reino Unido da Grã-Bretanha, ou seja, países onde vigora a Monarquia. São bases do regime monárquico o amor à Pátria, o respeito e o orgulho à sua tradição e a defesa e proteção da Família.


EJ - Como seria, na sua opinião, o governo monárquico ideal para o Brasil?


Resposta: O que defendemos é uma Monarquia Parlamentar pautada na Constituição. Onde o Monarca representa o Estado e o Primeiro Ministro o governo. Um regime moderno e eficiente.


EJ - Existem monarquistas que dizem que uma das vantagens da volta da monarquia seria a volta do poder moderador, como tu você essa questão e como tu avalia esse mecanismo?


Resposta: É um dispositivo que deverá ser julgado na nova Constituição. O soberano, pleno de suas capacidades, tendo as recomendações das Câmaras representativas, como reserva moral e ética, poderá muito bem utilizar esta onerosa tarefa, que lhe exigirá muito conhecimento e um incrível senso de justiça. O grande escritor João Camilo de Oliveira Torres, em sua obra “A democracia coroada”, de 1964, afirma que o "monarca, pela continuidade dinástica, não fazendo parte de grupos, classes, nem possuindo ligações regionais, não devendo seu poder a partidos, grupos econômicos, não tendo promessas eleitorais a cumprir, não precisando de 'pensar no futuro' – o futuro de sua família estará garantido se a paz e a grandeza nacional estiverem preservadas – que não está sujeito a tentação de valer-se de uma rápida passagem pelo seu governo para tirar benefícios e vantagens particulares à custa da nação, deixando o ônus a seus sucessores", pois o seu "sucessor é o próprio filho, sabendo que a História, muitas vezes, cobra de netos crimes dos avós”. Veja bem, é necessário repensar também a atual conjuntura da república no Brasil: o presidente hoje é o representante do Estado e do Governo, nomeia e demite ministros, não possui oposição alguma, árbitra, de acordo com suas conveniências, em situações que podem garantir benefícios a sua função ou partido e, principalmente, governa sozinho através das medidas provisórias. O Poder Moderador não nem um terço disso.


EJ - Em sua opinião, qual é o grau de união entre os grupos monarquistas atualmente?


Resposta: os monarquistas estão por toda parte. Com os Encontros Monarquistas Nacionais e os que ocorrem nas cidades, bem como com a visita dos Príncipes a cada canto do país, os monarquistas têm composto uma grande força.


EJ - E como anda a força do movimento monarquista brasileiro?


Tínhamos uma cláusula pétrea nas Constituições republicanas, mantida até a adoção da nova Carta Magna de 1988, que proibia a propaganda monarquista no Brasil. Com sucesso, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, enviou uma carta a todos os deputados constituintes para que esta cláusula fosse derrubada. Desde então, os monarquistas, que sempre foram atuantes e firmes em seus ideais, puderam se manifestar e o Movimento só cresceu. Existem os Encontros Monarquistas Nacionais e Regionais. Os Príncipes são requisitados em todas as partes do Brasil e do exterior. A internet aproximou as pessoas e temos grupos em redes sociais que congregaram mais de 10 mil pessoas ativas em discussões. É um Movimento crescente, principalmente dentro dos círculos jovens.


EJ - Quais são atualmente as estratégias que o movimento vem tomando para atrair atenção e adeptos para a causa?


Resposta: A situação do país faz com que a Monarquia seja a solução. A Monarquia é a ordem natural das coisas. Quando falamos de Monarquia para as crianças, citamos o exemplo da sociedade animal, onde o próprio nome dado já diz tudo: Reino animal. Lá temos o Rei Leão e a Abelha Rainha, por exemplo, que com seu bom trabalho e competência, destacaram-se e foram reconhecidos. Não são o Presidente Leão ou a Abelha Presidente. O mesmo ocorre quando falamos em religião: Jesus Cristo é o Reis dos Reis, pois é filho de Deus, não foi “eleito”. Eu, particularmente, tenho certeza de que a Monarquia, mais cedo ou mais tarde, será a procura de todos. Para, além disso, apostamos na conscientização da população, que permaneceu enganada por muitos anos pelas mentiras inventadas pela república. Obras literárias, palestras, conferências, sites, blogs, visitas as escolas, o contato com a população, tem sido o foco.


EJ - Vocês sofrem preconceito ou falta de vontade da maioria das pessoas com relação ao assunto?


Resposta: Não. Ocorre que a estória contada pela república e os 124 anos de invenções, fez com que o brasileiro de hoje não conhecesse a verdadeira História. Então, temos que trazer os verdadeiros heróis nacionais à tona, contar novamente a história. Ademais, a ideologia dominante, na falta de argumentos, procura desqualificar seus adversários através da ridicularizarão, tentado coibir a liberdade de expressão e, o pior, de pensamento. Posso dizer que todos aqueles que escutam nossos argumentos, estudam sobre o tema, costumam concordar conosco.


EJ - Como é a relação de troca entre os atuais descendentes da família real e os grupos monarquistas?


Resposta: Os membros da Família Imperial que são dinastas, ou seja, que possuem direito ao Trono, caso a Monarquia seja restaurada, viajam por todo o Brasil, são prestigiados por monarquistas e pela população de modo geral. Possuem contato próximo com os grupos monarquistas e interagem com todos que os procuram.


EJ - Como você avalia as acusações de que os grupos monarquistas são em geral de tendências ultraconservadores?


Resposta: Se existem, são acusações infundadas. É necessário avaliar o que seria ultraconservador. Os monarquistas são pessoas de diversas classes socais, de diferentes formações e aspirações. São pessoas diferentes, mas que defendem a Monarquia prioritariamente.


EJ - Você vê a possibilidade da volta da monarquia algum dia, se sim, como?



Resposta: Muitos admiram as Famílias Reais estrangeiras e ignoram que temos uma Família Imperial tão preparada quanto aquelas. A Família Imperial do Brasil representa uma das dinastias mais respeitadas e tradicionais do mundo. São séculos de história que se confundem com a história do nosso país e do mundo. Estão à disposição da população e somente a população tem o poder de chama-los de volta. Relembro que em 1889, quando houve o golpe republicano, não foi o povo que o quis, mas sim uma minoria ligada à oligarquia que depois se estabeleceu. Tenho certeza que a Monarquia voltará pela vontade popular. É um regime de excelentes resultados, moderno, eficaz e eficiente. Faço o convite para que todos possam pesquisar sobre o tema.