terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

DOM PEDRO I, DONA LEOPOLDINA E DONA AMÉLIA: UM NOVO OLHAR SOBRE A HISTÓRIA






A Imperatriz Dona Leopoldina, o Imperador Dom Pedro I e a Imperatriz Dona Amélia em imagem do Blog Monarquia Já


Nos últimos dias, um assunto tem chamado a atenção da população brasileira e até do exterior. A notícia, já conhecida dos monarquistas desde 2010, só agora ganhou o conhecimento do grande público, trata-se, pois, da exumação dos restos mortais do Imperador Dom Pedro I e das Imperatriz Dona Leopoldina e Dona Amélia.

Com a autorização do Chefe da Casa Imperial do Brasil, o Príncipe Senhor Dom Luiz de Orleans e Bragança, a professora Valdirene do Carmo Ambiel liderou a equipe composta por historiadores, arqueólogos, médicos e físicos, responsável pelas pesquisas dos imperais despojos que embasaram sua tese de doutorado, apresentada no dia 18 de fevereiro no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.

As pesquisas tiveram maior ênfase em 2012, quando os corpos deixaram a cripta do Monumento do Ipiranga, em São Paulo, onde repousam desde 1972. Um missa, celebrada em latim, marcou o início dos trabalhos e antecedeu a abertura dos ataúdes.

Exames de grande complexidade, com utilização de tecnologias inovadoras, permitiram trazer novidades à História. A Professora Valdirene conseguiu provar com a pesquisa, por exemplo, que a Imperatriz Dona Leopoldina não morreu vitimada por uma agressão do Imperador Dom Pedro I, seu marido, conforme até então alguns historiadores sustentaram. Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, destacou em entrevista ao “Estadão” que “os resultados são muito interessantes porque confirmam aspectos históricos e desmentem outros”, constatando que “ao contrário do que informam os historiadores malévolos, ela não morreu porque recebeu um pontapé do marido. A pesquisa prova que o aborto que sofreu foi espontâneo e a morte dela não foi decorrente de nenhuma violência”. Os corpos de Dom Pedro I e de Dona Leopoldina ainda guardavam parte das vestes, com as quais foram enterrados. O Imperador, na época da sua morte, na qualidade de Duque de Bragança e militar de Portugal, foi enterrado com as ordens honorificas daquele país. A Imperatriz Dona Leopoldina, falecida muito jovem, foi sepultada com os trajes majestáticos de sua coroação, tecidos que se conservam até os dias atuais. A Imperatriz Dona Amélia, falecida em Portugal e transladada para o Brasil, possui o melhor estado de conservação, estando intacta. Os arqueólogos ressaltam que a pele, as unhas, os cílios e até mesmo o cérebro permanecem íntegros.

A Professora Valdirene, que não esconde sua emoção em liderar esta pesquisa de grande responsabilidade, tem vínculos com o bairro do Ipiranga e sempre se preocupou com a conservação e a manutenção da cripta do Monumento, tendo agora a possibilidade, de com seu belo trabalho, contribuir decisivamente para que a História do Brasil seja melhor contada. A Professora destaca que as pesquisas e as consequentes descobertas formam um presente para a ciência do Brasil, destacando também que outras pesquisas podem ser feitas através deste primeiro trabalho, sendo possível, inclusive, no futuro, reconstituir a face do Imperador e das Imperatrizes. Dionatan S. Cunha, idealizador do “Blog Monarquia Já”, que já conhecia os estudos da Professora Valdirene, afirma a competência com que conduziu as pesquisas: “a Professora Valdirene dedica especial atenção a este projeto, seu profissionalismo se alia ao respeito e a admiração pelo Imperador e pelas Imperatrizes, transformando este trabalho num destacado marco para a História. A Professora e a equipe estão de parabéns, foi um trabalho brilhante”.

Jornais de todos os Estados do Brasil e da Europa, China e Estados Unidos noticiaram o assunto. As revistas Veja, IstoÉ e Galileu também trazem, nas suas próximas edições, notícias sobre as pesquisas. O Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança também concedeu entrevista a Rádio Globo que pode ser ouvida emhttp://radioglobo.globoradio.globo.com/manha-da-globo-rj/2013/02/19/ENTREVISTA-EXUMACAO-DE-DPEDRO-I.htm.

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