sexta-feira, 26 de julho de 2013

CASAMENTO DE DOM JOÃO PHILLIPE DE ORLEANS E BRAGANÇA COM YASMIM PARANAGUÁ







Mais um casamento na Família Imperial do Brasil foi noticiado durante a semana. No dia 20 de julho, no civil, e no dia 3 agosto, no religioso, Dom João Phillipe de Orleans e Bragança se casará com Yasmim Paranaguá.


Dom João Henrique e Dom João Phillipe no Egito


O noivo, Dom João Phillipe, é filho de Dona Stella Cristina Lutterbach e de Dom João Henrique de Orleans e Bragança. Neto de Dom João e Dona Fátima Scherifa Chirine, é, portanto trineto da Princesa Dona Isabel, a Redentora. Dom João Phillipe nasceu em Paraty em 27 de novembro de 1986, é formado em Administração e concluiu recentemente seu mestrado na área na Insead de Fontainebleau e acompanha, mesmo que discretamente, juntamente com seu pai, os assuntos ligados à história de sua Família e sobre a política do país.

A noiva, Yasmim Paranaguá, designer de joias (estudou Desenho Industrial na PUCRJ), é filha de Pedro Paranaguá, importante arquiteto do Rio de Janeiro e de Naná de Souza.



Naná, Pedro e Yasmim, no Instituto Moreira Salles, no Rio, no evento de lançamento da esposição Retratos do Império e do Exílio, com fotografias da Família Imperial


É neta paterna do diplomata Paulo Henrique de Paranaguá, que foi embaixador do Brasil no Kuwait, no Marrocos e na Venezuela, e de Glória Leite (conhecida como Glorinha Paranaguá), filha de Antonio Leite, empresário no Rio de Janeiro, que foi presidente do Fluminense Futebol Clube, de 1953 a 1955. Glorinha é conhecida da sociedade carioca, com fama nacional, especialmente por seu trabalho como empresária e designer de bolsas.

Yasmim é bisneta do Dr. Pedro de Paranaguá (nasceu em 1889), diplomata, e de Lina Lamberti Leão Teixeira (nascida em 1895), filha do Dr. Henrique Carneiro Leão Teixeira e de sua 1ª esposa, Idalina Eulália Sayão Velloso Lamberti (por mãe da família dos Viscondes de Niterói e de Sabará). Lina era neta do Visconde de Cruzeiro (título de 1888), Jerônimo José Teixeira Junior (1830-1892), filho por sua vez de Jerônimo José Teixeira (nascido em Portugal) e de Ana Maria Netto, irmã da Marquesa do Paraná e de Maria Henriqueta Carneiro Leão (+ 1913), filha do Marquês do Paraná, Honório Hermeto Carneiro Leão (1801-1857), Desembargador, Deputado, Senador, Ministro de Estado.

A noiva ainda é trineta do Dr. José Lustosa da Cunha Paranaguá (1855-1945), Conde romano, deputado, presidente das Províncias do Amazonas (foi quando começaram as obras do Teatro Amazonas) (1882) e de Santa Catarina (1884) e de Matilde Simonard (1862-1921), filha de Pedro Simonard (nascido na França) e de Carolina Resse (1841-1918), filha do Barão de São Vitor (1882), Vitor Guilherme Resse (filho de um engenheiro belga).

O Conde de Paranaguá era irmão de Maria Amanda de Paranaguá (1849-1931), esposa de Franklin América de Meneses Dória, Barão de Loreto (1836-1906). A Baronesa de Loreto foi amiga de infância e de toda a vida da Princesa Dona Isabel, a mais afagada, terna e constante amiga da Princesa. O casal acompanhou a Família Imperial no exílio e Amandinha, como era chamada, correspondeu-se sempre com a Redentora. O Barão de Loreto foi magistrado, presidente de três províncias, sendo também Ministro da Guerra (1881) e do Império (último Gabinete da Monarquia), professor do Colégio Pedro II.

Outra irmã do Conde de Paranaguá e da Baronesa de Loreto foi Maria Francisca Paranaguá (nascida em 1866), que excepcionalmente casou em 1883 na Capela do Palácio Isabel, presente toda a Família Imperial, com Dominique Horace de Barral, Conde de Barral, Marquês de Monferrat (1854-1914), filho da célebre Condessa de Barral e de Pedra Branca, Luisa Margarida Borges de Portugal e Barros (1816-1891), aia das Princesas Dona Isabel e Dona Leopoldina, grande amiga do Imperador Dom Pedro II.

É também tetraneta do Dr. João Lustosa da Cunha Paranaguá (1821-1912), Visconde com grandeza (1882), depois Marquês (1888) de Paranaguá, Chefe de Polícia, Juiz, Desembargador, Deputado geral (1859-1865), Senador, presidente das Províncias do Piauí (sua terra natal), Bahia, Maranhão Pernambuco, Ministro da Guerra (1866 e 1878), da Justiça (1866), de Estrangeiros (1867 e 1885) e da Fazenda (18882), conselheiro de Estado e presidente do Conselho de Ministros (1882), presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, enfim pessoa muito ligada à Família Imperial. Era irmão de dois outros titulares do Império, os Barões de Paraim e de Santa Filomena. Casado com Maria Amanda Pinheiro de Vasconcelos (1829-1873), filha do Visconde de Monte Serrate (1878), Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos (1788-1884), Presidente do Supremo Tribunal, Presidente das Províncias da Bahia e de Pernambuco. Notadamente, pela miscigenação do povo brasileiro, o historiador Roderick Barman diz que “ele tinha notória ascendência africana”.

A nobre ascendência da noiva, que possui em sua genealogia, celebres nomes do Império, incluindo-se aí fieis amigos e servos da Família Imperial, traduzem o belo matrimônio que será realizado em Paraty.

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